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  • Foto do escritorThelma Madarás

A fábrica de cretinos digitais

Pela primeira vez, filhos (nativos digitais) têm QI inferior aos dos pais!

Em seu último livro o neurocientista francês Michel Desmurget, diretor de pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da França, apresenta dados concretos e de forma conclusiva, como os dispositivos digitais estão prejudicando o desenvolvimento neural de crianças e jovens.


Os "nativos digitais" são os primeiros filhos a ter QI inferior ao dos pais. É uma tendência que foi documentada na Noruega, Dinamarca, Finlândia, Holanda, França, etc.


Vários estudos comprovam que quando o uso de televisão ou videogame aumenta, o QI e o desenvolvimento cognitivo diminuem.


Os principais alicerces da nossa inteligência são afetados: linguagem, concentração, memória, cultura (definida como um corpo de conhecimento que nos ajuda a organizar e compreender o mundo). Em última análise, esses impactos levam a uma queda significativa no desempenho acadêmico.


As causas da queda no desenvolvimento se deve à diminuição da qualidade e quantidade das interações intrafamiliares ( essenciais para o desenvolvimento da linguagem e da emoção); perturbação do sono, que é quanti e qualitativamente degradados; super estimulação da atenção, levando a distúrbios de concentração e aprendizagem; sub-estimulação intelectual, que impede o cérebro de desenvolver todo o seu potencial.


Atividades relacionadas à escola, trabalho intelectual, Leitura, música, arte, esportes, todos têm um poder de estruturação e nutrição muito maior para o cérebro do que as telas'


O tempo gasto em frente a uma tela para fins recreativos atrasa a maturação anatômica e funcional do cérebro em várias redes cognitivas relacionadas à linguagem e à atenção.


Pela média atual de exposição, antes de completar 18 anos, a atual geração terá passado o equivalente a 30 anos letivos em frente às telas!


Vários estudos • inclusive um relatório da União Europeia - desmentem a crença de que os nativos digitais têm alta performance no uso de computadores.


Ao contrário, tais estudos mostram baixa competência digital de crianças e adolescentes superexpostos aos eletrônicos. Também indicam, que eles não são muito eficientes no processamento e compreensão da vasta quantidade de informações disponíveis na internet. Em resumo, são bons apenas para usar aplicativos digitais básicos, comprar produtos online, baixar músicas e filmes.


Se a orgia digital não parar, Desmurget acredita que haverá um aumento das desigualdades sociais e uma divisão progressiva da sociedade entre:


  • uma minoria de crianças preservadas da superexposição ( que possuirão, por intermédio da cultura e da linguagem, todas as ferramentas necessárias para pensar e refletir sobre o mundo), e

  • uma maioria de crianças com ferramentas cognitivas e culturais limitadas, incapazes de compreender o mundo e agir como cidadãos cultos.

Eu recomendo fortemente a leitura da entrevista completa no link abaixo:


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